quarta-feira, 13 de junho de 2012

Analfabetismo digital na terceira idade


A grande maioria de analfabetos digitais são pessoas pertencentes a terceira idade. Segundo Data Folha 45% dos idosos paulistanos têm computador em casa, entretanto, apenas 19% dizem utilizar o equipamento.

Apesar de muitos terem vontade de fazer algum curso de informática para poder conversar com amigos e familiares, acompanhar as notícias ou simplesmente se sentir incluído, é difícil ver algum que conclui algum tipo desse curso.

O medo de tecnologia e a dificuldade inicial do aprendizado acaba levando muitos a desistirem por se sentir “velhos demais para essas coisas”. Dentre as dificuldades, as mais freqüentes são ao “conduzir” o mouse. Muitos acham que somente tocar na tela funcionaria, outros não conseguem acertar o local certo para clicar. Outros querem ir direto aprender a usar a internet, antes mesmo de saber ligar o computador e não conseguem entender o porque um curso de Windows seria mais indicado a princípio.

Mesmo com todas as dificuldades, o número de idosos analfabetos digitais vem caindo, apesar de ainda ser a maioria.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Analfabetismo


       Se perguntarmos para as pessoas o conceito sobre analfabetismo, iremos obter a seguinte resposta : A pessoa que não sabe ler e escrever é considerada analfabeta. Este conceito é muito objetivo e de fácil entendimento, mas a UNESCO completa esta definição da seguinte forma: "Uma pessoa funcionalmente analfabeta é aquela que não pode participar de todas as atividades nas quais a alfabetização é requerida para uma atuação eficaz em seu grupo e comunidade, e lhe permitem, também, continuar usando a leitura, a escrita e o cálculo a serviço do seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade".

      Esta visão é mais ampla do que pensarmos apenas no significado do analfabetismo, mas também nos problemas que esta pessoa têm em relação à sociedade e no impacto gerado.
      
      Segundo especialistas em educação, as taxas de anafabetismo, tratadas dentro do universo de números e metas, deveriam também ser analisadas dentro da área de política social e econômica, entendendo que a população que é considerada analfabeta também sofre de outros problemas que afligem diretamente o Brasil, coicidindo com o mapa da fome, com o do desemprego e de alienação, segundo a pedagoga Silvia Colello, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

      Segundo o IBGE somos no total 14 milhões de analfabetos. Desses, a maior parte encontra-se na região do Nordeste, em municípios com até 50 mil habitantes, onde 28% na população com mais de 15 anos, entre negros e pardos e na zona rural, ou seja, encontra-se na população historicamente marginalizada.

       A pessoa capaz de ler e escrever um simples bilhete é considerada alfabetizada pelo IBGE, o que não traz animo quando sabemos que de 2000 à 2010 houve uma redução de 29% nos números apresentados.

       É necessário avaliar que programas de alfabetização para diminuir estes números são necessários, porém apenas a aprendizagem da linguagem técnica não é suficiente para incluir o indivíduo na sociedade. Uma política educacional que tivesse como foco uma mudança no modo de pensar desses indivíduos, incentivando a análise crítica da leitura e a importância de sua participação na sociedade não apenas mudariam os números dos censos realizados mas o rumo da educação de nosso país.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O desafio da Inclusão Digital no Brasil


A inclusão digital é uma forma de democratizar o acesso a tecnologia da informação, permitindo a inserção das pessoas de todas as classes sociais na sociedade da informação. Estar incluído digitalmente não significa apenas utilizar o mundo digital para trocar e-mail, fazer uso de jogos ou utilizar outros tipos de mídias, mas desfrutar do conteúdo existente visando uma melhoria na qualidade de vida.
Para que a inclusão digital aconteça são necessários três instrumentos básicos: computador, acesso a internet e saber como funcionam estas duas ferramentas, pois ter um computador conectado a internet não significa está incluído no mundo digital, é preciso saber o que fazer e qual a sua utilidade, portanto não basta ter acesso a internet, existe também a necessidade de capacitar e educar as pessoas.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), (vide www.fgv.br/cps/telefonica), o Brasil tem avançado bastante em relação ao uso da internet, mas continua grande o desafio da inclusão digital. O Brasil hoje está na posição de número 63 no ranking de 158 países, com 33% dos moradores conectados. Em 2001, eram 8%, apesar do avanço, estamos bem longe do primeiro colocado: a Suécia, com 97% das pessoas conectadas.
Ainda, segundo pesquisa realizada, muita gente nem sabe usar a rede, onde os principais fatores apontados são: a distribuição de renda, baixa taxa de escolaridade da populaçãodesinteresse e incapacidade de usar a internet.
Conforme os dados registrados, 18 municípios de quatro estados brasileiros registraram zero de acesso: Amapá, Pará, Piauí e Maranhão. Em contrapartida o Distrito Federal é apontado como o local onde mais se usa a internet em casa, depois aparecem São Paulo e Rio de Janeiro, coincidentemente locais onde as rendas da população estão entre as maiores do país. De acordo com as pessoas entrevistadas, o maior fator é o preço da banda larga, onde para ter acesso a maioria é obrigada a procurar a internet na rua. Dados indicam que mais de 35% dos internautas usam a rede fora de casa nos locais públicos de acesso pago.
Já em Florianópolis, onde foi constatada a maior inclusão digital, cidade que é considerada líder em banda larga, por incrível que pareça o maior motivo é a falta de interesse, pois de acordo com 62% dos entrevistados da minoria excluída, não há interesse em ter acesso à grande rede.
Em relação à incapacidade de utilização, o grande problema encontrado pela cidade de Rio Branco é a falta de estrutura (42%). Já na cidade de João Pessoa 47% das pessoas afirmaram não ter acesso à internet por falta de conhecimento.
O Brasil vem buscando várias alternativas para melhorar estes números, (vide http://desafios2.ipea.gov.br)em 2009 o ministro das Comunicações Hélio Costa, apresentou o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) com metas para 2014 e investimentos da ordem de R$ 75,5 bilhões sendo R$ 49 bilhões por conta da iniciativa privada. Entre as metas estão 30 milhões de acessos de banda larga na área urbana e rural, ter 100% de acesso à banda larga nos órgãos do governo federal, estadual e municipal, incluindo as escolas públicas, unidades de saúde, bibliotecas públicas e órgãos de segurança pública, implantar 100 mil novos telecentros federais e atingir 60 milhões de acessos de banda larga móvel.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Analfabetismo Digital


Diante a um mundo cercado por tecnologia, foi criado o termo alfabetização digital, que consiste no aprendizado de funções computador e da internet. Em contrapartida, temos o analfabetismo digital.

O analfabeto digital é o excluído do século XXI, momento onde tudo envolve tecnologia da informação e conhecimentos em informática são imprescindíveis.

A partir do analfabetismo funcional é possível fazer uma associação com o analfabetismo digital, pois as dificuldades que levam ao primeiro tipo de analfabetismo levam também ao segundo. Além disso, barreiras econômicas impedem os mais humildes de ter acesso a máquinas e internet criando assim um contexto ainda mais complicado e abrangente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O que é Analfabetismo Funcional?


    Segundo definição da UNESCO, analfabeto funcional é toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, ler e escrever frases simples e efetuar cálculos básicos mas não é capaz de interpretar o que lê e é incapaz de utilizar a escrita no cotidiano.

     No Brasil, o analfabeto funcional é definido, a princípio, como o individuo com 15 anos ou mais que possui menos de 4 anos de estudo. Porém podemos encontrar outras definições para o analfabeto funcional.

    O analfabeto funcional pode ser encontrado em vários ambientes, e, não necessariamente, é o indivíduo com pouco estudo. Uma outra definição vai além do grau de instrução. Pessoas com formação universitária, estudantes de nível superior, funcionários com cargos elevados em uma determinada organização podem ser analfabetos funcionais.

    Segundo Paulo Augusto de Podestá Botelho, professor e consultor para Programas de Engenharia da Qualidade, Antropologia Empresarial e Gestão Ambiental, membro da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, O analfabeto funcional constitui um problema silencioso e perverso nas organizações. Não são pessoas que deixaram de frequentar a escola. Muitas vezes sabem ler, escrever e contar, mas não são capazes de compreender a palavra escrita, não são capazes de identificar as relações entre as palavras.

     Ainda segundo Paulo Botelho, devido a esta deficiência, temos um resultado de perdas anuais de aproximadamente 6 bilhões de dólares em todo o mundo.

     Segundo o INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional pertencente ao IPM – Instituto Paulo Montenegro vinculado ao IBGE, em 2009 75% da população brasileira entre 15 e 64 anos não era capaz de ler, escrever ou calcular plenamente, sendo 8% totalmente analfabetos e os outros 67% analfabetos funcionais, ou seja, apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar plenamente esta habilidade para uma aprendizagem contínua.

    A solução para um problema tão sério está ao alcance do nosso país, mas depende de uma política educacional mais eficiente e eficaz, maiores investimentos na área de educação, melhor remuneração aos profissionais da área, principalmente no ensino fundamental. Não é aumentando para nove anos o tempo de estudo que vamos resolver este problema, devemos aumentar a qualidade. Infelizmente nosso sistema de ensino forma milhões de analfabetos funcionais todos os anos.